Escravo e índio: por que não usar mais esses termos em sala de aula?
Professores podem melhorar abordagem de ensino substituindo palavras ultrapassadas
Autora: Atrás da Moita Filmes
Palavras como índio e escravo são termos ultrapassados e que não refletem os diferentes tipos de resistência e subjetividade de pessoas que até hoje fazem parte da história brasileira. É isso que explica a professora de história Erika Rocha, que sugere sua substituição por indígena e escravizado.
“O termo ‘escravo’, por exemplo, faz referência a uma condição natural. Portanto, ‘escravizado’, que remete a uma situação imposta por outras pessoas, é a palavra correta a ser utilizada. O mesmo acontece com ‘escravidão’. Esse termo pode ser substituído pelas palavras escravização ou escravismo, que estão muito mais relacionados à prática de um sistema econômico que existiu durante o período colonial”, explica Rocha.“Quando a gente troca escravo por escravizado a gente subentende um processo histórico em que uma pessoa passou por escravização – sequestrada da África e trazida para o território que hoje é o Brasil”, complementa.
A professora destaca também que o termo ‘índio’ carrega ideias ultrapassadas e genéricas e não abrange a diversidade que existe entre os povos originários. Assim, a mudança é necessária para refletir as ideias e lutas das diversas sociedades indígenas. No vídeo, Erika Rocha aborda estes e outros termos inadequados que estão presentes até hoje nas salas de aula e orienta como professores podem melhorar sua abordagem de ensino trabalhando na atualização deste repertório.
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