Pecuária: Inseminação de vacas após o parto

Há um período adequado de espera pós-parto para a inseminação de uma vaca, que pode aumentar em 13% a chance de uma nova concepção e, ainda, trazer economia dos insumos utilizados na estação de monta.

Notícia veiculada em 09/08/2021. Seus números podem ter sofrido alterações, porém os conceitos gerais continuam sendo de grande relevância para a pecuária de cria.

Quem trouxe detalhes dessa pesquisa, desenvolvida em parceria entre a Embrapa — Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e a Udesc – Universidade do Estado de Santa Catarina, foi o pós-doutor em medicina veterinária Luiz Pfeifer, pesquisador da Embrapa Rondônia, que analisou as variáveis para encontrar a hora certa do criador desafiar suas fêmeas.

Ele conta que a pesquisa analisou um pequeno recorte dentro do sistema reprodutivo de uma fazenda e buscou entender a dinâmica de recuperação do aparelho reprodutor das matrizes. “Um dos fatores que estamos avaliando neste estudo é essa questão do pós-parto, ou seja, o restabelecimento de todo o trato reprodutivo das fêmeas a ponto dela já ser apta a conceber. Então, estamos tentando achar um ponto de corte tanto para raças taurinas como zebuínas, para que não estejamos protocolando vaca que não tenha condições de conceber, ou seja, que ainda não passou pela reparação dos tecidos uterinos para que uma concepção ocorra ali”, explicou.

O veterinário projetou que é possível mudar o manejo reprodutivo realizado de modo geral no Brasil – um sistema de reprodução único para todas as fêmeas da fazenda. “É respeitar a natureza, tudo tem um tempo na natureza para ocorrer. E o criador pode ser beneficiado se esperar mais um pouquinho”, simplificou o pesquisador.

“Hoje estamos trabalhando com a população, mas se quisermos aumentar a concepção, vamos ter que olhar para o indivíduo”, finalizou.

Publicação: Giro do Boi

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