Estado está no topo na região Centro-Oeste em contratações. No comércio, empregados destacam oportunidades de crescimento e experiências
O comércio ajudou Goiás a atingir a liderança na criação de empregos na região Centro-Oeste neste ano. O setor, ao lado da indústria e serviços, representa 69,7% do total das vagas criadas entre janeiro e agosto – 53.871 postos de trabalho. Ao todo, o Estado criou 77.335 vagas: foram 692.040 admissões e 614.705 desligamentos. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O jovem Gabriel Lemes de Oliveira, de 20 anos, vê pontos positivos em trabalhar no comércio. Vendedor da loja Estação Fofura Pijamas, no Shopping Estação Goiânia, há 4 anos, ele acredita que trabalhar diretamente com o público ajuda em seu desenvolvimento. “Por atender muitas pessoas, a gente vai adquirindo conhecimentos diversos e a habilidade de comunicação”, detalha
Esse crescimento pessoal também tem reflexo na loja. “Apesar de não ser fácil, as expectativas são boas para o comércio nos próximos meses e estou pensando em contratar mais um funcionário”, diz o proprietário da loja, Arineu Lemes Vieira. Para ele, o candidato a uma vaga no comércio precisa ter “carisma, disponibilidade e vontade de crescer”.
Ele acredita que a adoção de benefícios extras vem atraindo mais pessoas para trabalhar no setor. “Aqui na loja, estimulamos os nossos funcionários com uma porcentagem maior nas vendas”.
Vendedora da loja Cacau Show, também no centro de compras, Marineide de Jesus Barreto Borges, de 48 anos, sempre trabalhou no comércio e diz que a experiência em lidar com diferentes tipos de clientes ajudou quando ela mais precisou. “Depois de trabalhar por 4 anos em outra loja e numa feira, acabei virando autônoma e comecei a fazer bolos e cestas para vender. Aprendi muito no comércio a lidar com pessoas, a falar com as pessoas, até entender. A gente acaba tentando entender o outro”.
350 mil pessoas empregadas
De acordo com o Caged, entre janeiro e agosto deste ano, o comércio goiano criou 8.218 vagas de trabalho. No Estado, 350 mil pessoas trabalham no setor, segundo o Sindicato dos Comerciários do Estado de Goiás (SECEG). No Brasil, o setor abriga mais de 10 milhões de trabalhadores. Superintendente do Estação Goiânia, Santiago Póvoa diz que o comerciário é uma das peças importantes que mantém os shoppings centers. “Além de ser responsável pelo atendimento ao cliente e realizar as vendas, o trabalhador do comércio contribui para o que, hoje, os shoppings consideram mais importante: a experiência, seja de compra ou apenas usufruir o complexo”.
Santiago entende que a qualificação é um ponto essencial para quem procura trabalhar no comércio. “Isso é muito importante, porque ajuda o negócio a crescer, seja no volume de vendas, rotatividade de produtos ou na captação de clientes”.
Essa importância é compartilhada pelo jovem Gabriel, da Estação Fofura. “Eu preciso tornar o produto atrativo para as pessoas criarem o desejo de compra, gerando cada vez mais a lucratividade do negócio e garantindo os empregos. Esse ciclo faz meu desejo de trabalhar no comércio crescer mais ainda”, conclui.
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