Semad faz intervenção no lixão de Padre Bernardo para controlar danos ambientais
Lixão da empresa Ouro Verde, em Padre Bernardo
A partir de agora, a Semad e os demais órgãos que compõem o gabinete de crise criado em razão do episódio (ICMBio, Corpo de Bombeiros, prefeitura de Padre Bernardo e Defesa Civil) darão início a procedimentos que visam, no curto prazo, à remoção dos cerca de 42 mil metros cúbicos de lixo que caíram na grota, ao desvio do córrego (para que ele pare de carrear resíduos e chorume) e ao esvaziamento das três lagoas de chorume existentes no lixão (essas são as ações prioritárias mas não as únicas necessárias).
(Foto: Semad)
Em razão da inércia dos responsáveis pelo lixão Ouro Verde, em Padre Bernardo, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) tomou, na manhã desta segunda-feira (30/06), a decisão de intervir no controle e mitigação dos danos ambientais causados pelo desabamento de uma montanha de lixo no dia 18 de junho, contaminando o córrego Santa Bárbara.
Em relatório, o corpo técnico da Semad conclui que “se chegou ao limite das ações possíveis no âmbito técnico-operacional por parte dos servidores das instituições diretamente envolvidas”. “As equipes técnicas atuaram com celeridade, empenho e dentro de suas competências legais desde o início do evento, mas a ausência de resposta efetiva da empresa compromete a continuidade e a efetividade das ações de resposta emergencial”, diz o relatório.
A Semad aponta, no documento, para necessidade de se adotar medidas coercitivas mais rigorosas em face da empresa; e para a importância de se aprofundar a articulação interinstitucional de alto nível com outros órgãos de fiscalização, controle e defesa civil.

Já há técnicos da secretaria trabalhando nos documentos necessários para contratação dos serviços. A estratégia foi discutida em reunião com a titular da Semad, Andréa Vulcanis.
Desvio
O episódio mais recente que ilustra a inércia da empresa Ouro Verde foi neste fim de semana. Os donos do empreendimento haviam garantido, no dia 27 de junho, que fariam o desvio do córrego, bloqueado pelo desabamento da pilha de lixo.
No dia 28, representantes dos órgãos envolvidos no gabinete de crise foram ao local e constataram que a proposta apresentada era inviável, porque não levou em conta o aumento do nível da água represada e peculiaridades do relevo.
A empresa também não tomou providências para:
implantação de um barramento depois do ponto do desabamento, a fim de impedir que, em caso de colapso da massa de resíduos, o material seja transportado até o Rio do Sal, evitando a ampliação do desastre;
bombeamento de água contaminada para bacias de contenção;
monitoramento de qualidade da água;
visita aos moradores da comunidade local, entre outras medidas urgentes.
Por Agência Cora
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