A saúde feminina é diferente? Especialista diz como envelhecer com qualidade
Segundo o nutrólogo e intensivista Dr. José Israel Sanchez Robles, hábitos consistentes como treino de força, sono regulado e dieta balanceada são pilares essenciais
O debate sobre saúde e longevidade feminina vem ganhando espaço com a chamada “menoposse”, um grupo de influenciadores que propõe diretrizes específicas para mulheres na perimenopausa e menopausa. Mas até que ponto os cuidados devem ser realmente diferentes entre homens e mulheres? Para o nutrólogo e intensivista Dr. José Israel Sanchez Robles, a resposta está no equilíbrio entre ciência e prática clínica.
“É sabido que a menopausa representa uma transição marcante na vida da mulher, em grande parte influenciada pelas mudanças hormonais que ocorrem nesse período. No entanto, os pilares da saúde — alimentação equilibrada, qualidade do sono e prática regular de atividade física — permanecem fundamentais em todas as fases da vida. O que se modifica, segundo os médicos, é a intensidade das necessidades individuais e o acompanhamento adequado para garantir bem-estar e prevenção de doenças”, explica.

Um dos pontos mais destacados pelos especialistas é o treinamento de força, ainda subestimado por muitas mulheres. “Embora o exercício aeróbico seja essencial para a saúde cardiovascular, especialistas alertam que ele, isoladamente, não assegura autonomia funcional na terceira idade. A perda de massa muscular (sarcopenia) e a fragilidade óssea decorrente da osteoporose representam riscos reais com o avançar da idade. Nesse contexto, o treinamento de força se mostra uma estratégia comprovadamente eficaz para a prevenção dessas condições e para a manutenção da independência física após os 70 anos”, afirma José Israel.
No campo da nutrição, a ingestão adequada de proteína aparece como fator-chave. “A recomendação clássica de ingestão proteica — 0,8 grama por quilo de peso corporal ao dia — pode não atender às necessidades de mulheres em fases mais avançadas da vida. Estudos recentes indicam que um consumo em torno de 1,0 a 1,2 grama por quilo pode oferecer maior proteção contra a perda muscular (sarcopenia) e a fragilidade óssea, condições que aumentam significativamente após a menopausa”, orienta o médico.


Outro desafio recorrente é o sono de qualidade, que costuma ser prejudicado durante a perimenopausa. “É comum que mulheres relatem sintomas como cansaço e insônia devido ao processo natural de envelhecimento. No entanto, esses sinais não devem ser ignorados e exigem avaliação médica. Condições como apneia do sono e distúrbios hormonais podem estar na origem do problema e, quando identificados precocemente, permitem tratamento eficaz e melhora significativa da qualidade de vida”, ressalta o especialista.
Para José Israel, apesar das diferenças biológicas, a mensagem central deve ser pragmática: “Independentemente do sexo, especialistas afirmam que a longevidade saudável não depende de fórmulas milagrosas. A base está em hábitos comprovadamente eficazes: alimentação equilibrada, sono de qualidade, prática regular de atividade física e acompanhamento médico periódico. Esses pilares seguem sendo insubstituíveis para a prevenção de doenças e para a manutenção da qualidade de vida ao longo dos anos.”
Por Carlos Nathan Sampaio
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