Tipos de fome podem revelar formas mais eficazes de obter qualidade de vida; entenda
Especialista comenta os cinco perfis de comportamento alimentar que ajuda pacientes a adotar estratégias mais assertivas no controle do peso e no bem-estar físico e emocional
Você já parou para pensar por que come e não apenas o que come? Essa reflexão é o ponto de partida da Escala de Fenótipos do Comportamento Alimentar (EFCA) — ferramenta desenvolvida na Argentina e recentemente adaptada ao português por especialistas brasileiros. O método, agora em uso no país, ajuda a identificar cinco tipos de fome que revelam diferentes padrões de relação com a comida: hiperfágico, desorganizado, compulsivo, hedônico e emocional.
Segundo o médico nutrólogo e intensivista Dr. José Israel Sanchez Robles, compreender esses perfis é fundamental para promover qualidade de vida e equilíbrio alimentar. “Muitos pacientes procuram atendimento médico com a queixa de ingestão excessiva, acreditando tratar-se exclusivamente de um problema de comportamento alimentar. No entanto, em grande parte dos casos, observa-se que o impulso alimentar está relacionado a fatores emocionais, como ansiedade, tristeza ou sensação de solidão, caracterizando o que é conhecido como fome emocional.”, explica o especialista.

A escala funciona por meio de afirmações com as quais o paciente deve concordar ou não. A partir das respostas, profissionais da saúde — médicos, nutricionistas e psicólogos — traçam estratégias específicas para cada perfil. “A identificação do tipo predominante de fome é fundamental para a individualização do plano terapêutico. Pacientes com hiperfagia, por exemplo, se beneficiam de estratégias que promovam o restabelecimento dos mecanismos de saciedade. Já nos casos em que predomina a fome emocional, a abordagem deve incluir suporte psicológico, com foco na identificação e manejo de gatilhos emocionais.”, complementa o José Israel.
“A versão brasileira da Escala de Fenótipos de Comportamento Alimentar (EFCA) foi recentemente validada, demonstrando consistência interna satisfatória e estrutura fatorial robusta, conforme publicado na literatura científica nacional. Trata-se de uma ferramenta acessível, porém com potencial clínico significativo, ao permitir uma abordagem mais integrada do comportamento alimentar, considerando fatores biológicos, culturais e psicológicos”, destaca o médico Dr. José Israel.

O especialista também enfatiza que a identificação do tipo de fome predominante pode atuar como medida preventiva no desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, além de favorecer a promoção da longevidade. “A alimentação adequada extrapola a contagem de calorias — envolve compreender os próprios estados emocionais, os hábitos estabelecidos e o contexto em que ocorre a ingestão alimentar. Quando o indivíduo identifica os fatores que o impulsionam a comer, passa a exercer maior autonomia sobre sua saúde”, finaliza o Dr. José Israel.
A EFCA já está sendo incorporada em consultórios e clínicas multiprofissionais, e promete se tornar um aliado no combate à obesidade e no incentivo ao autoconhecimento alimentar — um passo essencial para quem busca mais saúde, equilíbrio e bem-estar.
Att.
Por Carlos Nathan Sampaio
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