7 de setembro de 2024

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MPGO recomenda que sejam excluídos equipamentos urbanísticos e áreas verdes de Projeto de Lei que possibilita venda de áreas públicas em Goiânia

MP busca garantir correta destinação de áreas públicas

Ministério Público de Goiás (MPGO) recomendou ao Poder Executivo e ao Legislativo de Goiânia que sejam retirados do Projeto de Lei (PL) 165/2024, em tramitação na Câmara Municipal, os imóveis originariamente destinados a equipamentos urbanísticos (escolas, hospitais, creches, etc) e áreas verdes (confira neste link a íntegra do documento). O PL em questão pretende autorizar a desafetação 76 áreas públicas municipais. A desafetação altera a destinação de um bem público de uma categoria para outra, permitindo sua alienação (venda), transferência ou doação. 

No documento, a promotora de Justiça Alice de Almeida Freire, titular da 7ª Promotoria de Justiça de Goiânia, orientou que o prefeito Rogério Cruz retire desse projeto e não inclua em outro que eventualmente venha a substituí-lo áreas públicas municipais destinadas a áreas verdes ou equipamentos urbanísticos. O gestor deverá ainda se abster de praticar qualquer ato para desafetar ou vendar esses imóveis, bem como conferir a eles destinação diversa daquela originalmente prevista em lei.

Já ao presidente da Câmara, Romário Policarpo, e demais vereadores foram recomendadas as seguintes providências:
    • suspender imediatamente o processo legislativo referente ao PL 165/2024, de autoria do chefe do Executivo, que trata sobre a desafetação da destinação primitiva de diversas áreas públicas municipais, as quais passariam à categoria de bens dominiais do Município, até a retirada dos imóveis destinados originalmente a áreas verdes ou equipamentos urbanísticos do texto em tramitação;
    • a não aprovação do PL se nele estiverem incluídas as áreas citadas.

A promotora fixou o prazo de dez dias para que as recomendações sejam respondidas com informações sobre o cumprimento ou não. Ela observa que o projeto de lei já foi aprovado pela Constituição de Justiça da Câmara e ainda em primeira votação na Casa. 

Por Cristiani Honório/Assessoria de Comunicação Social do MPGO

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