4 de outubro de 2025
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Alzheimer: atenção aos primeiros sinais pode preservar autonomia e qualidade de vida 

Diagnóstico precoce e abordagem multidisciplinar ajudam a retardar a progressão da doença 

A doença de Alzheimer, forma mais comum de demência no mundo, já afeta cerca de 2,7 milhões de brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde. Em Goiás, estima-se que 65 mil pessoas convivam com a condição, que ainda é amplamente subdiagnosticada no país.  

Para o neurologista Iron Dangoni Filho, do Einstein Goiânia, reconhecer os sinais iniciais e buscar avaliação especializada são passos fundamentais para garantir mais autonomia e bem-estar ao paciente. “Os primeiros sintomas costumam ser sutis, como esquecimentos de eventos recentes, repetição de perguntas, dificuldade para lembrar nomes ou compromissos”, explica. 

Além da perda de memória, podem surgir alterações no raciocínio, dificuldade para planejar tarefas simples, mudanças na linguagem, desorientação temporal e espacial, além de apatia ou irritabilidade. “Esses sinais evoluem de forma progressiva e devem ser acompanhados com atenção”, alerta o especialista. 

O diagnóstico é clínico, baseado na história do paciente, relatos de familiares e testes cognitivos. Exames como a ressonância magnética ajudam a excluir outras causas e identificar atrofias cerebrais. Já exames funcionais como PET e SPECT cerebrais, além de biomarcadores no líquor, têm ampliado a precisão diagnóstica, especialmente nas fases iniciais.  

Embora o Alzheimer seja o tipo mais conhecido, outras demências também exigem atenção, como a vascular e a frontotemporal. Segundo Dangoni, é fundamental diferenciar entre elas, pois isso impacta diretamente o tratamento e o prognóstico.  

Apesar de ainda não haver cura para o Alzheimer, existem medicamentos que ajudam a aliviar os sintomas e retardar a progressão. O tratamento costuma incluir drogas que modulam neurotransmissores, como inibidores da colinesterase e memantina, além de terapias não farmacológicas, como estimulação cognitiva, fisioterapia e suporte emocional. Entre os avanços mais promissores está a terapia anti-amiloide, que utiliza anticorpos monoclonais para atuar sobre a proteína beta amiloide. 

A prevenção também tem ganhado destaque. Estudos indicam que atividade física regular, sono de qualidade, alimentação equilibrada e engajamento social reduzem significativamente a chance de desenvolver Alzheimer. O envelhecimento é o principal fator de risco, mas condições como hipertensão, diabetes, sedentarismo, depressão não tratada e até o isolamento social também aumentam a probabilidade de desenvolver a doença. 

Para os familiares, o desafio é adaptar a rotina com paciência, estrutura e afeto. “É essencial garantir segurança no ambiente, manter horários fixos e estimular a independência do paciente, sem esquecer do cuidado com a saúde física e emocional do cuidador”, reforça Dangoni. 

Mesmo com a progressão inevitável, é possível desacelerar o avanço da doença. Com tratamento adequado e acompanhamento multidisciplinar, envolvendo neurologista, terapeuta ocupacional, psicólogo e nutricionista, é possível preservar a funcionalidade e o bem-estar do paciente por mais tempo. 

Com o envelhecimento acelerado da população, as projeções para 2050 indicam que o Brasil poderá ultrapassar 5,5 milhões de casos. “Precisamos falar mais sobre Alzheimer, combater o estigma, investir em diagnóstico precoce e apoiar as famílias nessa jornada desafiadora, mas que pode ser digna e afetuosa”, conclui o especialista.

Sobre o Einstein Goiânia  

O Einstein Goiânia é o primeiro hospital privado da rede fora de São Paulo, inaugurado em 2021. Com 18 mil metros quadrados, a unidade dispõe de 35 leitos operacionais, cinco salas cirúrgicas, pronto atendimento 24 horas, incluindo ortopedia e pediatria, UTI e serviço de transplante de medula óssea. Em março de 2024, passou a oferecer atendimento pediátrico completo, cobrindo desde procedimentos simples até casos de alta complexidade. Também foi pioneiro na implantação da primeira plataforma de cirurgia robótica de Goiás, com mais de 1.500 procedimentos realizados até o primeiro semestre de 2025. A unidade conta, ainda, com um centro de ensino, que oferece mais de 30 cursos de pós-graduação em saúde e gestão hospitalar, além de formações de curta duração, e com um centro de inovação dedicado ao desenvolvimento de tecnologias para aprimorar o setor de saúde na região. 

Sugestão de nota

Alzheimer: reconhecer os primeiros sinais preserva autonomia e qualidade de vida

O Alzheimer, forma mais comum de demência, já afeta cerca de 2,7 milhões de brasileiros, 65 mil apenas em Goiás, e tende a crescer com o envelhecimento da população, podendo ultrapassar 5,5 milhões de casos até 2050. Segundo o neurologista Iron Dangoni Filho, do Einstein Goiânia, reconhecer sinais iniciais como esquecimentos frequentes, dificuldade de planejamento e alterações de comportamento é essencial para preservar a autonomia do paciente. Embora não haja cura, o diagnóstico precoce, o uso de medicamentos, terapias não farmacológicas e um acompanhamento multidisciplinar ajudam a retardar a progressão e manter qualidade de vida, enquanto hábitos saudáveis e suporte às famílias são fundamentais para prevenção e cuidado.

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Crédito: Freepik

Por FatoMais Comunicação

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