Brasileiros negligenciam cuidados com a visão
Neste Dia da Saúde Ocular especialista ressalta importância de consultas regulares com oftalmologistas
O relatório “Percepção dos cuidados e atenção com a saúde ocular da população brasileira”, divulgado em 2023 pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), revela que dos 2.132 entrevistados, 11,6% nunca consultaram um oftalmologista, o que evidencia a falta de cuidados com a visão. Outro dado preocupante é que 10,8% dos participantes admitiram fazer a compra de óculos sem qualquer receita de um oftalmologista. Os números merecem reflexão neste Dia da Saúde Ocular, celebrado em 10 de julho.
Imagem: divulgação internet
Para o presidente da Sociedade Goiana de Oftalmologia (SGO), Henrique Rocha, a data é importante para lembrar a necessidade de ir a um oftalmologista. “Em geral a consulta de rotina deve ser anual em adultos saudáveis, mas a frequência recomendada varia com a idade e com a saúde ocular do paciente. Pessoas com histórico familiar de doenças oculares ou que tenham algum sintoma de problema ocular, devem ir ao oftalmologista com maior frequência. Da mesma forma, aqueles com mais de 40 anos ou com doenças crônicas como diabetes ou hipertensão arterial também devem fazer exames de rotina mais vezes”, destaca.

De acordo com o médico, alguns sinais servem de alerta para se procurar um oftalmologista. “Dificuldade para enxergar de perto ou de longe, visão turva ou embaçada, visão dupla, manchas escuras na visão, sensibilidade à luz, cores desbotadas, dor intensa nos olhos, vermelhidão, coceira, sensação de queimação, inchaço, olhos secos, lacrimejamento excessivo, dores de cabeça constantes. Todos são sintomas de que é preciso agendar uma ida ao especialista”, elenca.
Silenciosas
No entanto, Henrique Rocha ressalta que muitos problemas oculares são silenciosos no início e só apresentam sintomas quando já estão em estágio avançado. “Glaucoma, ceratocone, retinopatia diabética, são exemplos de doenças que começam sem sinais. Por isso é essencial a ida regular ao oftalmologista, pois através dos exames realizados podemos antecipar alguma enfermidade mais séria e diagnosticá-la em seu início, facilitando, inclusive, o tratamento”, afirma.
O presidente da SGO lembra ainda que essa frequência de consultas deve se iniciar na infância. “Até os 10 anos as crianças estão desenvolvendo sua visão cerebral e precisam de um acompanhamento, independentemente de queixas ou não. Porque, por exemplo, a criança pode ter um olho que funciona muito bem e outro que não e ela nunca soube dessa diferença porque ela nasceu desse jeito. Se ela não desenvolver esse olho antes dos 10 anos, ela pode ficar amblíope: um olho que estruturalmente é normal, só que ele não tem potencial de visão cerebral e não tem como estimular esse olho depois”, salienta.
A vida moderna também afeta a saúde dos olhos, o que se torna uma necessidade a mais de não postergar as consultas oftalmológicas. “A poluição, tanto do ar quanto a visual, e a exposição excessiva a telas que todos sofremos podem ter impactos negativos na saúde ocular, causando desconforto, fadiga e várias doenças. É importante tomar medidas para minimizar esses riscos, como fazer pausas durante o uso de telas, usar óculos escuros ao ar livre e avaliar a saúde ocular regularmente com um especialista”, destaca o especialista.
Por Dayse Luan
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