Engenheiro explica os desafios de se construir uma praça a 70 metros de altura
Prestes a ser entregue, o residencial Urban Garden, que está sendo erguido em Goiânia, irá trazer uma área de lazer com 568 m², situada no 22º pavimento. A obra exigiu soluções inovadoras para garantir eficiência de itens como impermeabilização e acústica
Construir uma praça com 568 m², com bancos, pista de cooper, playground, pet place, espelho d’água e paisagismo, mas a 70 metros de altura, no 22º andar. Este foi o desafio da equipe de engenharia da Yutá, incorporadora responsável pelo residencial Urban Garden, que contará com uma praça suspensa, que além de todos os benefícios que uma área de lazer pode oferecer, trará para os seus futuros usuários uma vista única de Goiânia, cidade onde o empreendimento foi construído.
Localizado numa das regiões mais nobres da capital goiana, na Rua T-44, bem próximo à AV. T-2, no Setor Bueno, o residencial de 35 andares e com 191 unidades habitacionais, está prestes a ser entregue. O empreendimento traz apartamentos de um, dois e três quartos, com plantas de uma, duas e três suítes e metragens que variam de 47 m² a 137 m². À frente das obras está o engenheiro civil Elvis Henryque Marques Queiroz, que fala de alguns desafios que sua equipe teve ao construir a praça suspensa em um condomínio vertical, uma estrutura inédita em prédios residenciais de Goiás.
Uma das dificuldades enfrentadas pela equipe de engenharia foi a própria questão de logística para levar alguns materiais para o 22º andar. “Nós usamos cremalheiras, que é um sistema de elevador utilizado para transporte vertical de materiais e pessoas, e para itens mais pesados e maiores, nós usamos a grua. Muitas das estruturas e elementos dessa praça suspensa tivemos que subir a matéria prima e construir no local, como por exemplo as floreiras e os bancos”, explica o engenheiro.

Acústica perfeita
Outro aspecto da construção da praça suspensa que mereceu atenção especial foi a questão do isolamento acústico, para que a área comum não impactasse os apartamentos vizinhos. “Para eliminar essa questão do barulho, usamos, tanto no forró dos apartamentos embaixo, quanto no piso da praça suspensa uma manta acústica, que é revestida com uma proteção mecânica, depois vem uma impermeabilização, em seguida outra proteção mecânica. Para os apartamentos de cima, além de termos um pé direito duplo, com seis metros de altura, nós usamos paredes revestidas com blocos cerâmicos mais espessos. Portanto, são várias camadas que foram utilizadas para se ter um isolamento acústico realmente eficiente”, detalha Elvis Henrique.
Além de um grande número de espécies vegetais que compõem o paisagismo, a praça suspensa do Urban Garden Residence terá um espelho d’água. Essa estrutura, junto com a questão da irrigação das plantas, foi outro desafio a ser equacionado pela equipe de engenharia da Yutá. “Fizemos um sistema de impermeabilização que precisou ser testado e retestado para garantir sua máxima eficiência. Portanto, além das mantas de impermeabilização que usamos em todo pavimento e nas floreiras, usamos um produto que a gente chama de antirraiz, que irá evitar com que as raízes dessas plantas não firam a estrutura do concreto.”, explica o engenheiro da Yutá, que também detalha que a praça suspensa terá um espelho d’agua. “Além desse espelho d’água teremos uma fonte no hall de entrada e a água que passará por essas estruturas será a mesma. Para isso, será usado um sistema de bombeamento para que a água circule”, diz o engenheiro.
Plantas certas e irrigação
Elvis Henryque explica que para garantir uma impermeabilização ainda mais eficiente e a integridade da estrutura de concreto, foi necessário escolher para a praça suspensa espécies vegetais adequadas ao ambiente, além de contar com a ajuda da tecnologia de irrigação. “Buscamos escolher plantas que não tivessem raízes que agredisse a estrutura de concreto, porque mesmo aplicando no concreto esse tratamento antiraiz, dependendo para árvore ou do arbusto ele pode ter raízes muito fortes e que podem agredir a estrutura de concreto. Então, são plantas que foram pensadas justamente para esse local. Também são espécies que precisam nem tão pouca água e nem muita, mas o interessante é que a irrigação será toda automática. Isso é importante para termos esse controle da água, para que não seja em excesso e nem falte”, esclarece o engenheiro civil.
O que será também totalmente automatizado, segundo explica Elvis Henryque, é a iluminação do espaço de lazer situado nas alturas. “Usamos um sistema em que será possível programar para que as luzes se acendam e se mantenham acesas num determinado horário. Mas mesmo desligadas, não havendo iluminação natural o suficiente, o ambiente terá sensores de presença. Quando a pessoa estiver caminhando, caso esteja à noite, e já estiver desligado, as luzes se acendem automaticamente”, detalha.
Por Anderson Costa
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