Expoind 2025 será totalmente descarbonizada
A feira contará com um estande destinado a medir e neutralizar toda a emissão de CO₂ que ocorrerá durante os quatro dias
Com a sustentabilidade como um de seus temas centrais, a Expoind 2025 – Feira de Fornecedores de Tecnologia e Soluções para Indústria de Goiás, que será realizada entre 29 de outubro e 1º de novembro, traz uma novidade para esta edição. Ali, no palco do Centro de Convenções de Goiânia, haverá um estande destinado a medir e neutralizar toda a emissão de CO₂ que ocorrerá durante os quatro dias de feira.
Todo esse processo será feito pela Serena Energia, empresa parceira e que está há 16 anos no mercado, oferecendo soluções de fornecimento de energia no chamado Ambiente de Contratação Livre (ACL), e atuando com descarbonização de grandes eventos.
“Essa iniciativa de uma realização como essa neutra de carbono reforça o compromisso da Fieg com a promoção de uma indústria produtiva e ao mesmo tempo sustentável. Na Expoind, inclusive, teremos várias soluções para isso, desde modelos de transição energética com a comercialização para matrizes limpas a uso de embalagens biodegradáveis”, destaca o presidente da Fieg, André Rocha. Ele lembra que, no Brasil, o chamado mercado de crédito de carbono ainda está em desenvolvimento, já que o segmento só foi regulamentado nacionalmente no fim de 2024.
Segundo estudo da representação brasileira da Câmara de Comércio Internacional (ICC Brasil), o País tem alto potencial competitivo neste mercado e pode atingir, até 2030, mais de US$ 100 bilhões com receitas de créditos de carbono. “Com a necessidade global de controle das emissões de gases de efeito estufa e o impacto no cenário climático, o Brasil tem uma oportunidade única de se posicionar como um hub de descarbonização global”, salienta André Rocha.
O que é
Mas afinal, o que é um evento carbono neutro ou sua descarbonização? Uma promoção de qualquer natureza, como toda atividade humana, emite carbono. Essas emissões ocorrem uma vez que, para sua realização, há o consumo de energia elétrica, o deslocamento de grande número de pessoas, o que consequentemente acaba gerando alto volume de resíduos que precisam ser descartados adequadamente.
Resíduos, energia elétrica, transporte, entre outras, são atividades que emitem carbono na atmosfera. Identificar as fontes de emissão de cada evento – de acordo com a logística, estrutura e cronograma específicos – é o primeiro passo para que seja possível quantificar essas emissões.
Coleta de dados
Após entender o que emite carbono numa determinada realização, é preciso coletar dados sobre essas fontes de emissão e quantificá-las. Para isso, são levantados dados como quilômetros percorridos na logística para o evento, a quantidade de energia consumida, de resíduos gerados, quantidade de combustível consumido, de esgoto gerado, etc.
Um dos modos de fazer isso é pedir que os participantes preencham, em sua inscrição, o meio de transporte que utilizarão, bem como o bairro, cidade e/ou Estado de onde vieram. Com todos esses dados apurados, é possível chegar a uma estimativa de quantos kg de carbono cada pessoa emitiu para participar.
Também são quantificados os gastos com energia do próprio evento. Esses dados podem ser relacionados às emissões geradas com o kWh consumido das salas e auditórios, por exemplo, bem como a energia gasta para fabricar os produtos oferecidos como brindes e as emissões dos resíduos gerados na ocasião.
Compensações
A neutralização de carbono é o processo de fixar novamente a mesma quantidade de gases de efeito estufa que foram emitidos na atmosfera. Após os cálculos da estimativa de carbono que deve ser emitida pelo evento, são definidas a chamada pegada de carbono e a compensação que podem ser feitas, basicamente, de três maneiras: plantio de árvores, crédito de carbono e/ou apoio e desenvolvimento e a adoção de tecnologias mais limpas.
No caso da parceria entre a Serena Energia e ExpoInd 2025, a compensação será por meio de saldos positivos de créditos de carbono das usinas eólicas da empresa, que vão gerar energia limpa em medida correspondente ao volume de CO2 emitido no evento.
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Por Anderson Costa
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