Francisco Jr. ministra palestra sobre ecossistemas favoráveis aos negócios na Ficomex
O presidente da Codego destacou que a estatal intermedia tudo aquilo que é obrigação do governo, os investimentos, a política de incentivo, a infraestrutura
O presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), Francisco Jr., foi um dos palestrantes da Ficomex 2024, Feira Internacional de Comércio Exterior do Brasil Central, que se encerrou ontem em Goiânia. A palestra teve como tema A Codego e a criação de um ecossistema favorável aos negócios.
(Foto: Ficomex)
Francisco Jr. resgatou a história da Codego, estatal criada na década de 1973, sob a denominação Goiás Industrial e que, em 2015, adotou a configuração atual, que tem como principal foco o desenvolvimento regional e a geração de empregos. “Ela atua nessa articulação, e o sucesso da Codego é o sucesso dos parceiros, das empresas e do povo goiano, empregado e produzindo”, afirmou o presidente.
Neste momento, explicou o presidente, a Codego está ativamente desenvolvendo novos modelos de negócio. “Hoje, quando falamos nesse ambiente de negócio, a Codego atua justamente nos diálogos que estamos tendo aqui, na Ficomex, e que terão necessidade de uma articulação por parte do governo, e a Codego se propõe a este papel.”
A Codego atua para construir ecossistemas favoráveis aos negócios, explicou o presidente, e reforçou que o governo, diferentemente daquilo que se pensa, o governo pode e deve ter uma participação positiva nessa construção. “Lamentavelmente, no Brasil, temos a imagem de que o governo ajuda quando não atrapalha. Não é o nosso caso. A Codego está ao lado do empreendedor, ao lado do empresário, empenhando todos os esforços para que a sua empresa dê certo, para que a sua empresa contrate goianos e traga desenvolvimento para o nosso estado.”
Segundo o presidente, a Codego intermedia tudo aquilo que é obrigação do governo, os investimentos, a política de incentivo, a infraestrutura. Ele destacou que Goiás tem uma posição logística muito especial, pois está a mil quilômetros de quase 80% do mercado consumidor brasileiro, sem contar que o estado faz link com o mundo inteiro. Ele antecipou projetos que estão em andamento na estatal na área de infraestrutura, como a criação de um pátio de triagem no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) e em diálogo com o Porto de Suape, estudando a possibilidade de exportação e importação pelo porto pernambucano.
Ainda sobre o papel da Codego nessa articulação, Francisco Jr afirmou que a estatal conversa com todos e estimula os negócios em todas as áreas. “Esse é o papel do governo; ele não tem que impedir, o governo tem que estimular, se colocar ao lado, ajudar a desamarrar todos os nós necessários para que desenvolvimento aconteça.” Sendo assim o governo faz parte de uma tríplice hélice, da qual fazem parte a Codego, as empresas e a academia.
Nessa equação, as empresas são fundamentais, afirmou, e o governo deve ter um boa relação com elas. “Temos que compreender o seu negócio”, enfatizou. Para isso, a Codego criou a Superintendência de Novos Negócios, que estuda todas as cadeias produtivas presentes no estado. “A intenção nossa, em parceria com o setor produtivo, com as empresas, com as entidades, é compreender a cadeia e fazer esta diferença.”
O presidente observou que para uma empresa funcionar bem tem que ter boa matéria-prima, boa mão de obra, comprar bem e escoar bem sua produção. “Naturalmente, nessa articulação com a Codego, vamos conseguir alcançar o bom funcionamento e o sucesso da sua empresa.”
Por fim, completando a tríplice hélice, vem a academia, explicou Francisco Jr. Ele lembrou que Goiás cresce em torno de três vezes mais que a média nacional. Enquanto o Brasil cresce cerca de 2%, Goiás cresce 7% ao ano, o que, segundo ele, é um grande diferencial. “É impossível isso acontecer sem produção de conhecimento, sem formação de mão de obra qualificada, sem desenvolvimento de novas tecnologias. “A Codego quer estar ao lado de todo aquele que tem investido em conhecimento e em desenvolvimento de novas tecnologias em Goiás”, afirmou.
Por fim, ele afirmou que a Codego se coloca como esse ponto de intersecção entre governo, empresa e conhecimento. “Nós entendemos que temos esse papel, como numa hélice de um avião, funciona como o motor, criando um novo DNA dos negócios.”.
A Ficomex é a maior feira de comércio exterior do país, realizada a partir de uma parceria entre o Governo de Goiás, a Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) e a Federação das Associações (Faciest). Dezoito das mais de 600 empresas instaladas nos 26 distritos industriais administrados pela Codego estavam presentes na feira, patrocinadas pela Codego.
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