HEMNSL capacita equipe de enfermagem sobre o uso do sulfato de magnésio
Fundamental para a redução da mortalidade materna, o sulfato de magnésio é a principal medicação tanto para prevenção quanto para o tratamento da eclâmpsia
A hipertensão é a principal causa de mortalidade materna no Brasil. No intuito de combater essa questão, o Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL) está promovendo, desde quarta-feira (28 /02) e prossegue durante esta semana, a “Capacitação em administração de sulfato de magnésio em gestantes com hipertensão”.
Voltada para equipe de enfermagem da unidade, a capacitação foi elaborada pelas enfermeiras obstetras Alinne Almeida e Samira Hanum e conduzida por Alinne que também é preceptora do programa de Residência em Enfermagem Obstétrica.
Este treinamento abrangente, engloba tanto a parte teórica quanto prática. Na parte teórica, Aline apresentou um gráfico de óbitos maternos por causas obstétricas diretas, que totalizaram 1.041 em 2020, enquanto os óbitos por causas obstétricas indiretas foram 843. A profissional abordou sobre os impactos das complicações maternas como eclâmpsia e síndrome HELLP; a atuação do enfermeiro em identificar os fatores de risco e como agir; os fatores de risco; como e quando deve ser medida a pressão arterial; o manejo da crise hipertensiva na gestante; o tratamento; como usar o sulfato de magnésio, bem como os cuidados com o uso da medicação.
Na parte prática, os participantes prepararam a medicação de acordo com as medidas indicadas, tanto para dose de ataque como de manutenção, como diluir e como colocar o medicamento na bomba, etc.
Quando a paciente já está com um quadro de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia – pressão arterial elevada, é usado o termo “sulfatar a gestante”, que é fazer o uso do sulfato de magnésio na paciente para diminuir a pressão arterial ou tratar convulsões. ”Nosso objetivo é fazer com que a equipe de enfermagem fique em alerta para as crises hipertensivas e de como a gente faz todo o tratamento para que a paciente tenha uma qualidade durante toda sua internação, na gestação e no puerpério sem risco de convulsão e de agravos da crise hipertensiva”, afirmou Alinne.
“Através desses treinamentos, buscamos não apenas fornecer conhecimento técnico aos nossos profissionais, mas também promover a segurança e o bem-estar das gestantes em situações de hipertensão, garantindo uma assistência qualificada e capaz de salvar vidas”, destacou o gerente de enfermagem da unidade, Renato Graciano.
Marilane Correntino (texto e fotos)
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