Hospital Estadual da Mulher reforça a conscientização sobre a prematuridade
Unidade de Goiás é referência no Método Canguru que garante atenção humanizada e qualificada ao recém-nascido e familiares
O Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu) comprometido com a conscientização sobre a prematuridade, promoveu uma programação especial, na semana do Dia Mundial da Prematuridade – 17 de novembro, em alusão ao Novembro Roxo – mês dedicado à conscientização sobre partos prematuros. O Brasil ocupa o décimo lugar no ranking mundial de nascimentos prematuros, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), totalizando mais de 900 bebês prematuros nascendo por dia.
O evento ocorreu no auditório da unidade hospitalar, que foi especialmente decorado com balões roxos, a cor símbolo da causa da prematuridade. A programação contou com uma palestra on-line intitulada “Humanização da Jornada do Bebê”, com a enfermeira Adriana Paula Antiga, que proporcionou uma reflexão profunda sobre as necessidades específicas e a abordagem humanizada no cuidado com bebês prematuros.
O evento, que foi aberto pelo diretor técnico Rena Miller, também contou uma roda de conversa conduzida pela pediatra Sandra Afiune, que falou sobre a prematuridade, os cuidados especiais para com esses recém-nascidos e a importância do contato pele a pele para o desenvolvimento dos prematuros. Os participantes tiveram a oportunidade de assistir a uma aula prática sobre a correta amarração da faixa canguru, um método que auxilia na estabilização térmica e emocional do bebê, pelas representantes do projeto Bebê Canguru. Os presentes participaram de um coffee break e puderam trocar experiências e relatos pessoais.
Dando prosseguimento a programação, a noite, um vídeo de depoimentos emocionantes de pais que vivenciaram a jornada da prematuridade foi exibido, reforçando a importância da conscientização e do apoio comunitário. O encerramento do evento contou com uma dinâmica dos sentidos, criada para promover um momento de conexão e empatia entre os participantes, encerrando a noite de forma acolhedora e reflexiva.
Depoimento:
Tamara Amizuê é mãe dos gêmeos João e Samuel, que nasceram em julho, com 30 semanas. “Eu acho que, se a gente tem como falar de sorte, eu tive muita, ao vir para o Hemu, porque o acolhimento da equipe foi único. Todos nos ajudaram demais. Deixei um hospital particular para ter meus bebês aqui, pois um médico me falou que o Hemu era referência e que tinha a maior probabilidade de sobrevivência devido às condições deles. O João nasceu com 660 gramas e o Samuel com 1.550. A expectativa de vida do João era muito baixa por causa do baixo peso, inclusive quando nasceu, foi direto para UTI Neonatal, entubado. Samuel também, que nasceu cansadinho. Mas com a indicação e o atendimento que tive, estava segura que eu estava no lugar certo, com a equipe certa e aqui os meus meninos iam sobreviver. Hoje, eu tenho certeza que estou com os dois porque eu vim pra cá. O Samuel já está em casa, teve alta há mais de um mês. O João está na UCIN e a gente está aguardando a alta dele nas próximas duas semanas.
Eu acho que Deus coloca as pessoas certas nos lugares certos. Aqui, eu passei a entender que uma enfermeira, um médico, psicólogo que trabalha com bebês prematuros, ele vem lapidado desde sempre. Porque é um cuidado único. A equipe se doa por inteiro para cuidar de um prematuro. Se eu já admirava a equipe, hoje eu admiro mais ainda pelo cuidado que tiveram e têm com os nossos bebês. Só tenho que agradecer”, destaca Tamara emocionada.
Marilane Correntino (texto e fotos)
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