Hugol realiza cirurgia inédita de miosite calcificante na musculatura maxilar
Sucesso do procedimento demonstra o avanço da medicina e da equipe do Hugol no cuidado a doenças raras
Em maio deste ano, o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) realizou um procedimento pioneiro: a primeira cirurgia de miosite calcificante na musculatura maxilar já realizada na unidade. O paciente, um jovem de 25 anos, sofria de uma condição rara chamada Fibrodisplasia Ossificante Progressiva (FOP), também conhecida como Miosite Ossificante Progressiva, que causa a transformação do tecido muscular em osso.
A FOP é uma doença genética extremamente rara, que afeta cerca de 1 em cada 2 milhões de pessoas no mundo, totalizando aproximadamente mil casos registrados. No entanto, relatos de acometimento da musculatura facial, especialmente dos músculos da mastigação, são praticamente inexistentes, tornando o procedimento do Hugol ainda mais singular.
Segundo o Supervisor de Procedimentos Odontológicos do Hugol, Dr. Éder de Lima, responsável pelo caso, a cirurgia representa um marco no tratamento dessa patologia rara, com poucos casos descritos mundialmente. “Não há relatos na literatura médica de cirurgia para Fibrodisplasia Ossificante Progressiva envolvendo os músculos da mastigação, o que reforça a importância e inovação deste procedimento”, destacou.
Caso raro
No caso do paciente do Hugol, a miosite calcificante na musculatura maxilar causou dor, rigidez, dificuldade para abrir a boca e limitações severas nos movimentos de mastigação, uma consequência direta da transformação do tecido muscular em tecido ósseo após um trauma anterior.
A cirurgia teve duração de cerca de 5 horas e foi conduzida por uma equipe multidisciplinar composta por aproximadamente cinco profissionais, incluindo cirurgiões vascular e bucomaxilofacial, além de residentes que acompanharam o procedimento. Esse tipo de intervenção cirúrgica é complexa, delicada e exige grande precisão para minimizar riscos e otimizar os resultados.
No pós-operatório, o paciente contou com acompanhamento especializado de fonoaudiólogo, psicólogo e fisioterapeuta para auxiliar na recuperação da função mastigatória e qualidade de vida. Um mês após a cirurgia, o paciente compartilhou seu depoimento: “Estou ótimo. Antes eu não conseguia nem abrir a boca e agora já consigo mastigar alguns alimentos”, comemorou.
O sucesso deste procedimento abre caminhos para o tratamento de outras pessoas que enfrentam essa condição debilitante, demonstrando o avanço da medicina e da equipe do Hugol no cuidado a doenças raras.
Por Comunicação Hugol
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