Instituto ACE: 16 anos transformando vidas por meio do esporte
De Goiânia para o mundo, o projeto forma atletas, gestores e cidadãos, unindo esporte, educação e desenvolvimento humano
O Instituto ACE completa 16 anos de fundação celebrando uma trajetória marcada por desafios, conquistas e, principalmente, pela transformação de vidas através do esporte. Criado em 2009 por Adriano Cristian Souza Carneiro — Defensor Público Federal, professor universitário, ex-atleta de voleibol e técnico nível 3 — o projeto nasceu do desejo de retribuir à sociedade goiana tudo o que o voleibol trouxe para sua vida e de sua família.
“O esporte me ensinou disciplina, resiliência, respeito à diversidade e a importância do trabalho em equipe. Queríamos criar um espaço em que outras pessoas também tivessem acesso a essa experiência transformadora”, lembra Adriano.
Desde então, o Instituto ACE consolidou-se como referência no cenário esportivo goiano e nacional, atuando em três frentes: a prática esportiva voltada à saúde e prevenção, a formação de atletas de base e o alto rendimento, que já levou equipes femininas a disputar a Superliga B de voleibol — feito inédito para Goiás.
O exemplo de Vivalde
Entre tantas histórias ligadas ao ACE, uma merece destaque: a de Vivalde Alves. Em 2009, aos 18 anos, ele começou a treinar no Instituto e viu sua vida mudar. “Foi no ACE que dei meus primeiros passos no vôlei. Encontrei oportunidade, estrutura e uma rede de apoio que me ajudaram a me profissionalizar”, conta.
A carreira de Vivalde ganhou projeção nacional e internacional, passando por clubes como Montes Claros, Botafogo e Monte Cristo, além de experiências nos Emirados Árabes e na Seleção Brasileira Universitária. Mesmo com a agenda de atleta, sempre encontrava tempo para retornar a Goiânia e colaborar com o Instituto.
Nos anos de 2014 e 2015, foi peça-chave na criação das escolinhas de vôlei, que se tornaram uma das principais portas de entrada para novos talentos. “Durante as férias, eu ajudava a abrir turmas, estruturar os treinos e formar equipes”, relembra.
Em 2020, ao encerrar a carreira profissional, assumiu uma atuação ainda mais intensa na gestão. Hoje, como presidente do Instituto, prefere dividir os méritos: “Atuo mais na gestão e nos bastidores. O ACE não forma apenas atletas, mas também técnicos e gestores — e isso garante a continuidade e o crescimento sustentável”, destaca, citando o atual técnico da equipe, Vanderson.
Conquistas e impacto social
Em 15 anos, o Instituto ACE já impactou mais de 5 mil alunos e atletas, oferecendo oportunidades que vão do esporte de base às competições nacionais de alto rendimento. Atualmente, cerca de 500 beneficiários participam ativamente das atividades, acompanhados por profissionais qualificados.
No currículo esportivo estão participações na Superliga C e B e presença constante no Campeonato Brasileiro Interclubes, uma das principais vitrines do voleibol de base no país. O reconhecimento institucional também veio: o ACE é entidade de utilidade pública municipal e estadual, reforçando sua relevância social.
Hoje, o Instituto mantém seis unidades em Goiânia, em parceria com escolas, aproximando cada vez mais esporte e educação.
Desafios, futuro e legado
Chegar até aqui exigiu profissionalizar a gestão, captar investimentos, qualificar equipes e ampliar infraestrutura. Para Adriano, o maior desafio é crescer sem perder a essência: “O esporte de alto rendimento é consequência de escolhas e valores. Nosso compromisso é formar pessoas; o atleta é fruto desse processo.”
O futuro do Instituto aponta para expansão: levar os projetos sociais ao interior de Goiás, fortalecer o vôlei de praia e ampliar parcerias estratégicas. “Nosso propósito é transformar vidas por meio do esporte, mantendo qualidade, transparência e paixão desde 2009”, afirma Adriano.
Mais do que títulos, o ACE se tornou sinônimo de oportunidade e desenvolvimento humano. Para Vivalde, o legado é evidente: “Não se faz um atleta sem formar primeiro o indivíduo. O ACE é isso: acolher, ensinar, transformar e preparar para a vida.”
Com Adriano como fundador visionário e Vivalde como exemplo vivo dessa jornada, o Instituto segue firme em seu propósito: usar o esporte como caminho de inclusão, cidadania e realização de sonhos.
Por Cejane Pupulin
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