Mesmo com chuva, Paris vive empolgação com abertura olímpica
Flotilha de balsas carrega mais de 6 mil atletas pelo rio Sena
Multidões enfrentaram filas nos controles de segurança e chuvas fortes ao se
dirigirem às margens do rio Sena, nesta sexta-feira, para assistir à extravagante
cerimônia de abertura da Olimpíada de Paris, que começou com a soltura de
fumaça nas cores da bandeira tricolor da França.
A febre olímpica cresceu lentamente em Paris, onde moradores reclamaram do
fechamento de ruas no coração da cidade e comércios locais criticaram as perdas
nas vendas em um momento no qual a capital francesa se transformou em uma
fortaleza a céu aberto.
Uma flotilha de balsas está carregando mais de 6 mil atletas pelo rio Sena, em
cerimônia prevista para durar quatro horas. A cantora Lady Gaga e dançarinos já
se apresentaram.
“Mal posso esperar para ver o quão incrível será”, afirmou Fejiro Ogbanufe, de 37
anos, com uma bandeira da Nigéria sobre seus ombros. Ela viajou de Genebra, na
Suíça, com suas três filhas.
Elise Boukorrass, de 17 anos, disse que estava “superanimada, pois isso acontece
apenas uma vez em vida” após passar pelo controle de segurança. “As checagens
foram um pouco demoradas, mas vale a pena.”
A França colocou em vigor uma operação de segurança sem precedentes em
tempos de paz para garantir a tranquilidade do evento. Cerca de 45 mil policiais e
milhares de soldados foram destacados. O espaço aéreo da Grande Paris foi
fechado, e atiradores de elite estão posicionados nos topos dos prédios.
“Há mais policiais do que pessoas. Não me sinto inseguro”, afirmou Jean
Landerretche, um bioquímico de 19 anos e que estuda em Paris.
“Mal posso esperar para ver como eles farão a cerimônia fora do estádio. Acho
que será uma grande festa”, contou Julie Tourtet, de 27 anos, uma voluntária dos
Jogos. “É o espírito olímpico: ele aproxima as pessoas, é comovente, teremos
uma grande carga de emoção.”
Mas nem todos se sentiam assim. Yi, uma chinesa que vive na cidade, deixou as
margens do Sena, porque havia muitas pessoas à sua frente. “Há muita gente,
não conseguimos ver nada do rio. Vivemos muito perto da região, então
recebemos quatro ingressos gratuitos, mas estamos indo pra casa. Prefiro ver em
uma TV ou uma tela, de lá”, disse.
Por Agência Brasil / Por Juliette Jabkhiro e Kane Wu e Rory Carroll – Repórteres da Reuters – Paris
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