MPGO sedia capacitação sobre parto seguro para profissionais da atenção básica em saúde de Goiânia, Aparecida de Goiânia e outras 10 cidades
Atividade aconteceu no auditório do edifício-sede, em Goiânia
O auditório do Ministério Público de Goiás (MPGO) recebeu nesta quarta-feira (26/2), mais de 120 profissionais e gestores da saúde para participar de uma qualificação para o uso da Cartilha Parto Seguro. O material, elaborado sob coordenação da Área de Atuação da Saúde do Centro de Apoio Operacional do MP, traz orientações sobre os direitos das mulheres em relação ao seu corpo e ao processo reprodutivo, especialmente no que diz respeito à importância do parto seguro (acesse aqui).
O evento reuniu equipes da área da saúde da Macrorregião Centro-Oeste, cuja sede é Goiânia; da Macrorregião Sudeste, que tem Aparecida de Goiânia como sede e da Região Pirineus, que engloba os municípios de Abadiânia, Alexânia, Anápolis, Campo Limpo, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Gameleira de Goiás, Goianápolis, Pirenópolis e Terezópolis de Goiás.
Ao dar as boas-vindas aos presentes, a coordenadora da Área de Saúde do MPGO, Marlene Nunes Freitas Bueno, destacou a importância do encontro para aprimorar o atendimento da rede materno-infantil. Ela agradeceu ainda a parceira do Sistema Único de Saúde (SUS), da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Cosems).
Na abertura do evento, a gerente de Atenção Primária da SES, Lígia Vanessa Silva Cruz Duarte, observou a necessidade da garantia de direitos, que não se restringem aos direitos à saúde, mas também buscam a garantia da dignidade para as gestantes e suas famílias. A diretora da Macrorregião Centro-Oeste do Cosems, Adriana Papel Dib, parabenizou a iniciativa da capacitação, que, segundo afirmou, é fundamental para poder executar e garantir o parto seguro.
Também presente na solenidade de abertura, a professora da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (UFG), Nilza Alves Marques Almeida, garantiu que a academia também tem o compromisso e o desejo de reduzir índices de mortalidade infantil e da morte de gestantes.
Cartilha busca conscientizar sobre os direitos da gestante ao parto seguro

A coordenadora Marlene Nunes apresentou o conteúdo da cartilha, destacando que o material é apenas uma das ferramentas para a implementação e melhoria da rede de acolhimento. Integram ainda esta perspectiva a capacitação dos profissionais e o desenvolvimento de boas práticas de ação. Ela também abordou aspectos da Lei Estadual contra a Violência Obstétrica (Lei Estadual n.º 19.790/2017), da lei que prevê o Plano Individual de Parto (Lei Estadual n.º 20.596/2019) e da Lei Federal n.º 11.634/2007, que trata do direito da gestante ao conhecimento e a vinculação à maternidade onde receberá assistência no âmbito do SUS.
Em seguida, a integrante do Grupo de Trabalho de Mortalidade Materna e Infantil da SES, Rosane Silva Carneiro de Araújo, apresentou um quadro geral do acompanhamento feito pela área relativo aos casos de óbitos de gestantes e seus bebês. Ela alertou que avanços precisam ser implementados, uma vez que os dados demonstram que as causas de morte pouco modificaram nos últimos 30 anos.
Lígia Duarte, da Atenção Primária da SES, apresentou uma forma de trabalho implementada pelo governo do estado por meio da Rede Nascer em Goiás, que busca priorizar a identificação e acompanhamento de todas as gestantes e crianças menores de 2 anos. O objetivo é desenvolver uma metodologia de monitoramento e atendimento, de modo que a mãe tenha o protagonismo das ações desenvolvidas, para que o número de mortes materna e infantil seja reduzido no Estado.
Encerrando a programação da manhã, a psicóloga Lígia da Fonseca Bernardes, da Coordenação Geral dos Ciclos de Vida e Violências da SES falou sobre os impactos psicossociais da violência no ciclo da mulher grávida e no pós-parto (puerpério). Como consequências imediatas de situações de violência, ela citou a insegurança, o medo, angústia e constrangimento e, como consequências duradouras, o temor de nova gestação, impacto na autoestima, depressão e impactos físicos. Quanto ao perfil da mulher que é mais atingida por essa violência é a mãe negra (65,9%), da mesma forma que esse grupo também tem o maior índice de mortalidade materna (60%) e é também o que recebe o menor número de analgesia.
Público participou ativamente das atividades

O período vespertino teve início com a palestra sobre as estratégias para incentivar a maternidade segura durante o pré-natal. O tema foi abordado pela médica Rosicléia Vlieger, integrante da Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia. Segundo apontou, entre as características do que o pré-natal adequado deve assegurar estão o acesso aos exames, exames do parceiro, um mínimo de 3 ultrassonografias e a identificação e tratamento precoce de doenças como sífilis, Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG), exame de toxoplasmose.
A enfermeira Priscielle Karla Alves Rodrigue, falou sobre o Plano de Parto, ao apresentar os resultados de uma pesquisa desenvolvida no âmbito do mestrado em Saúde Coletiva da UFG. O plano de parto deve ser elaborado pela gestante, com assistência dos profissionais da rede básica que fazem seu acompanhamento pré-natal, para apresentá-lo na unidade de referência que fará o parto.
A programação, que teve ampla participação do público presente, foi encerrada com uma bate-papo sobre experiências na elaboração do plano de parto e vinculação à maternidade e sobre parto seguro. A atividade foi conduzida pela enfermeira obstetra Maíra Wolnei, técnica da Coordenação Geral dos Ciclos de Vida e Violências da SES.
Assessoria de Comunicação Social do MPGO
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