No transporte coletivo de Goiânia, ônibus elétrico transforma trabalho e vida de motoristas da Metrobus
Andréia Felix, motorista na Metrobus há 15 anos
Com a chegada dos ônibus elétricos, a Metrobus inicia uma nova fase. A empresa, que já opera três veículos com essa tecnologia, caminha para renovar toda a sua frota. A complementação energética marca um avanço não apenas ambiental e tecnológico, mas humano: os motoristas, protagonistas do transporte coletivo, estão experimentando um salto real na qualidade de vida.
Para Osvaldo Tomé, de 64 anos, com quase quatro décadas de experiência, o impacto é direto.
(Foto: Metrobus)
“Desde 1986 eu estou aqui. Já dirigi de tudo, mas nada se compara. Quando você está dentro deste ônibus elétrico, é outro ambiente. Acabou aquele barulho constante do motor. É um silêncio total. No fim do dia, você termina descansado. Parece que trabalhou menos, mas cumpriu a mesma jornada. Me sinto privilegiado.”

Ele também destaca a climatização como um ponto de mudança. “O ar-condicionado é maravilhoso. Goiânia é muito quente. Antes, a gente terminava o turno exausto. Hoje, até nos dias mais pesados, você chega ao final com mais disposição.”
Uma viagem mais tranquila, por dentro e por fora
A motorista Andréia Felix, com 15 anos na empresa, compartilha da mesma percepção. Para ela, o barulho dos veículos a combustão era um fator que, ao longo do tempo, pode comprometer o bem-estar mental.
“Quando você passa o dia inteiro ouvindo o motor roncando, chega em casa com a cabeça pesada. O elétrico trouxe paz. A gente trabalha em silêncio. Às vezes, os passageiros nem conversam. Fica todo mundo no seu canto, descansando.”
Ela reforça que o benefício vai além do motorista. Além do conforto térmico e acústico, os novos modelos contam com câmeras de segurança e carregadores USB, que ampliam a sensação de segurança e conveniência para os passageiros.
“Os passageiros entram e sentem a diferença. Muitos já disseram que preferem esse tipo de ônibus. Tem até quem durma no trajeto de tão tranquilo. É uma experiência diferente.”
Mudança de cultura e novos hábitos na condução
Embora ainda exista resistência por parte de alguns condutores, Osvaldo acredita que é apenas uma questão de tempo.
“Tem gente que quer ficar por último, que ainda tem receio, mas isso muda rápido. Quando fazem o curso e sentam no banco do motorista, percebem a diferença. Não tem como não gostar. Eu sempre digo: vem conhecer. Vai ser bom para a vida de vocês.”
Para Andréia, o impacto é também sobre o futuro. “Com os carros antigos, a gente sentia o desgaste com o tempo. O corpo vai pedindo trégua. Mas com os elétricos, sinto que poderia dirigir por pelo menos mais dez anos sem problema. O trabalho ficou mais leve”, se diverte.
Frota elétrica representa uma mudança definitiva
A Metrobus projeta ampliar a frota elétrica nos próximos meses. A meta é substituir gradualmente todos os veículos movidos a diesel por modelos elétricos, com menor emissão de poluentes e uso de energia limpa. A medida alia sustentabilidade ambiental à melhoria das condições de trabalho e ao conforto dos passageiros.
A adoção da nova tecnologia não se limita à troca de motor. Representa uma mudança no ambiente de trabalho dos motoristas, na experiência de quem utiliza o transporte coletivo e na forma como a cidade se desloca. Motoristas relatam menos desgaste físico e mental. Passageiros percebem mais conforto e segurança.
Por Agência Cora
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