A data global reforça a produção sustentável de alimentos e o direito a uma alimentação nutritiva. Na Assembleia Legislativa, profissional da nutrição fala sobre a importância da adoção de bons hábitos alimentares.
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O Dia Mundial da Alimentação é comemorado anualmente em 16 de outubro e está ancorado em quatro pilares: melhores nutrição, produção, ambiente e qualidade de vida. Em 2024, o Dia Mundial da Alimentação tem como tema “Direito aos alimentos para uma vida e um futuro melhores”.
O direito à alimentação está juridicamente vinculante no direito internacional, consagrado no artigo 11 do Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (Pidesc) em 1966. O Pidesc foi ratificado por 171 países, inclusive o Brasil, e pelo menos 45 países já reconheceram o direito a uma alimentação adequada em suas constituições, que é o caso do nosso País.
Desafios
De acordo com dados do site da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 600 milhões de pessoas adoecem no mundo e 420 mil morrem a cada ano em decorrência do consumo de alimentos contaminados por bactérias, vírus, parasitas, toxinas e produtos químicos. Embora mais de 6 mil espécies de plantas sejam cultivadas para alimentação, apenas 9 representam 66% da produção total de cultivos. Quase um terço das populações de peixes estão sobre-exploradas e 29% das raças de gado locais estão em risco de extinção.
Em escala global, 13% dos alimentos, avaliados em cerca de 400 bilhões de dólares, são perdidos desde a colheita até a venda no varejo, mas sem incluí-la. Outros 19% são desperdiçados nos níveis de varejo e consumo.
Alimentação saudável
Além dos desafios para garantir que as pessoas tenham acesso regular a alimentos de alta qualidade em quantidade suficiente para levar uma vida ativa e saudável, a data também serve para reforçar a necessidade de adotar uma alimentação saudável desde a infância.
Michelly Molés, que é uma das nutricionistas da Casa de Leis, pontua que uma alimentação saudável é composta por uma alimentação básica. “Arroz, feijão, carne e verduras. Não precisa inventar moda comprando produtos industrializados que se dizem saudáveis e muitas vezes nem são. É importante priorizar produtos que são preparados em casa e não que ficam nas prateleiras dos mercados”, destaca.
Ela ainda acrescenta que uma alimentação que tem como base verduras, frutas e as carnes magras deve ser priorizada. “Os pães e massas devem entrar em pequenas quantidades sempre acompanhados de proteínas ou gorduras boas e os produtos industrializados não devem fazer parte da rotina alimentar. Devemos sempre priorizar o consumo de frutas ao invés do suco e evitar o consumo de açúcar adicionado”, diz.
Móles pontua que o paladar da criança começa a ser formado a partir do segundo mês de vida intrauterina, então a alimentação materna influencia nos gostos e preferências das crianças. “Se você preza por oferecer ao seu filho uma alimentação saudável e variada em nutrientes, além de prevenir doenças, ele já cresce com esse hábito, ao invés de ter que adquiri-lo na vida adulta”, comenta Michelly.
A alimentação é uma questão que envolve vários fatores. O dia 16 de outubro nos faz refletir sobre os hábitos alimentares, o desperdício e como podemos ajudar a mudar o quadro da alimentação mundial. Pequenas atitudes podem contribuir para um mundo melhor.
Agência Assembleia de Notícias
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