Entre os cerca de 170 expositores da Feira Internacional de Comércio Exterior do Brasil Central, realizada em Goiânia, gestor de segurança operacional do aeroporto executivo em Aparecida de Goiânia fala sobre potencialidades de negócios da aviação para a região Brasil Central
As possibilidades da aviação executiva para a região do chamado Consórcio Brasil Central (BrC), que reúne Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Maranhão, Rondônia e o Distrito Federal, com a construção de um novo polo aeronáutico no centro do país. Esse foi o tema da palestra ministrada pelo consultor e gestor Operacional e Segurança do Antares Polo Aeronáutico, João Marcos Coelho Soares, durante a Feira Internacional de Comércio Exterior do Brasil Central – Ficomex 2024, maior feira de comércio exterior e que foi encerrada no último dia 29, no Centro de Convençõe de Goiânia.
Em obras na cidade de Aparecida de Goiânia, região metropolitana de Goiânia, o megaempreendimento encabeçado por cinco empresas goianas, esteve entre os 170 expositores da feira. A Ficomex é uma realização da Federação das Associações (Faciest), com co-realização da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), e parceria do Governo de Goiás.
Além de reunir embaixadas de países como China, Estados Unidos, México Canadá e outros, o evento também trouxe estandes de empresas nacionais e estrangeiras, além de uma programação que incluiu palestras de vários especialistas, rodadas de negócios e apresentações de oportunidades de negócios pelos representantes dos países e estados brasileiros que estiveram presente na feira.
Dentro da Arena Banco BRB, um dos espaços de apresentação de novos negócios montado na Ficomex 2024, João Marcos, gestor Operacional e Segurança do Antares Polo Aeronáutico, falou a uma plateia formada por empresários, representantes de embaixadas e de governos estaduais que integram o cinturão Brasil Central. Em sua exposição uma novidade, o gestor adiantou alguns pontos sobre um novo reposicionamento do Antares, fruto de uma nova visão estratégica do grupo empreendedor. “Nossos empreendedores tiveram uma visão importante sobre as possibilidades de mercado para o empreendimento, em sua primeira fase. Por isso, através de um estudo técnico prestes a ser concluído, o Antares traz mudanças especificamente no Plano Diretor de seu Aeroporto (PDIR), o que impactará no modelo operacional e de negócio”, explicou João Marcos durante a palestra.
Mas o gestor assegurou que estruturalmente, o futuro aeroporto em Aparecida de Goiânia segue com suas características de engenharia aeroportuária que o farão o mais moderno e completo aeródromo de aviação executiva do Centro-Oeste, como a pista de pouso com extensão de 1.980 metros, largura de 45m e com PCN (índice de classificação do Pavimento) capaz de suportar a operação de até um Boeing 737-800 e aeronaves equivalentes.
Os diferenciais de segurança operacional também serão mantidos como a instalação em ambas as cabeceiras do equipamento APAPI (Abbreviated Precision Approach Path Indicator), que auxilia o pouso por meio de um sistema indicador de rampa de aproximação de precisão simplificada e balizamento de pista, o que possibilita operações seguras mesmo no período noturno.
Diferenciais
Mas sobre as oportunidades de negócios, João Marcos destacou que o Antares será um aeroporto que terá uma localização geográfica privilegiada. “Situado no coração do Brasil estaremos a uma hora de voo dos principais pólos de consumo e populacional do País, que compõem 65% do PIB nacional. Mesmo as regiões consideradas mais distantes, como os extremos norte e sul do Brasil e alguns estados do nordeste, não estamos mais do que quatro horas de voo de distância”, destacou o gestor durante a palestra.
Aliado a essa localização no centro do país, João Marcos em sua exposição lembrou que o Antares terá conexão com outros modais de transporte. “Estamos às margens da BR 153, também conhecida como rodovia Transbrasiliana, hoje a principal ligação entre o Meio-Norte do Brasil e o Centro-Sul. Estamos também a 50 quilômetros de distância do trecho da Ferrovia Norte-Sul que corta a cidade de Anápolis. Portanto, além da aviação executiva para empresários, serviços de hangaragem, táxi-aéreo, oficinas de manutenção de aeronaves, que devem ser o foco de negócio do Antares em sua primeira fase, o nosso aeroporto, como um projeto de médio e longo prazo, estará também preparado para receber outros segmentos da aviação, como indústria de peças, formação de pilotos, serviços aeromédicos e logística aérea na modalidade fracionada”, descreve o gestor.
Em sua exposição, o gestor de segurança do Antares, lembrou ainda que a localização do aeroporto está em sinergia com a própria vocação de Goiás para os negócios da aviação. “O nosso estado é o terceiro maior polo de manutenção de aeronaves do Brasil, é o quarto em número de empresas que prestam serviços de agro aviação e o sétimo em quantidade de aeródromos (privados ou públicos)”, informou João Marcos, ao citar números da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag).
Segurança jurídica
Construído com recursos 100% privados, João Marcos lembrou que quem comprar uma área ou mesmo alugar um espaço no sistema BTS (Bild To Suit), terá total segurança jurídica. “Essa segurança patrimonial haverá porque não se trata de uma área de concessão pública, e portanto, é um investimento que não ficará à mercê de questões políticas. E mais, empresas que se instalarem no Antares terão ainda 20 anos de incentivos fiscais sob os tributos municipais (ISSQN, ITU e IPTU)”, revelou o gestor de segurança operacional.
João Marcos também reforçou a segurança jurídica do empreendimento lembrando que o projeto do empreendimento atende todas as licenças legais para sua instalação, desde as liberações fundiárias previstas no plano diretor da cidade, passando pelas licenças ambientais até aprovação técnica do projeto junto à Anac [Agência Nacional de Aviação Civil]. “Nosso projeto foi, inclusive, precedido por discussões em audiências públicas. Portanto, isso reforça ainda mais a segurança jurídica do empreendimento, uma vez que não há nenhuma objeção legal, ambiental ou qualquer desrespeito às normas da aviação que possam atrapalhar a sua obra”, destacou durante a palestra na Ficomex.
Integração do Brasil Central
No comando da equipe de vendas durante a Ficomex, o diretor comercial do Antares, Rodrigo Neiva, destacou a importância da presença do Antares no evento. “É uma oportunidade única, para nós e também para empresas que estão dentro deste cinturão do Brasil Central, saberem que elas têm aqui em Goiás, um polo aeronáutico moderno que pode servir perfeitamente com base em suas operações, especialmente empresas com atuação interestadual ou nacional. Aliás, entendemos que o Antares será, inclusive, um ativo importante para esse movimento de integração econômica do chamado Brasil Central”, afirmou.
Com investimentos da ordem de mais R$ 100 milhões, em sua primeira fase, o Antares terá área de embarque e desembarque e 72 terrenos de 1.000m² a 1.500 m², já com toda a infraestrutura necessária para a instalação de hangares, serviços ligados à aviação, empresas de logística e indústrias.
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