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Saiba como aplicar melhor seu dinheiro de acordo com seu perfil

Especialistas dão orientações sobre como não perder poder de compra ao longo do tempo

A caderneta de poupança registrou, em maio passado, a primeira captação positiva em 2025: segundo o Banco Central, foram depositados R$ 365 bilhões, contra R$ 364,7 bilhões em saques. Nos quatro meses anteriores, a captação líquida, que é a diferença entre depósitos e retiradas, havia sido negativa. Estes dados confirmam que a preferência nacional pela caderneta de poupança resiste ao tempo, mesmo que poupança esteja longe de ser investimento. Nos últimos anos, diversas opções de investimentos vêm atraindo a atenção dos brasileiros por se mostrarem mais rentáveis – e também seguras.

Imagem: divulgação internet

De acordo com o último Raio X do Investidor da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), cerca de 32 milhões de pessoas continuam optando por guardar seu dinheiro na poupança. Mas o que justifica esse apego pela tradicional caderneta de poupança?  Na avaliação de especialistas da XP, esse número expressivo evidencia como fatores associados à segurança e à familiaridade continuam pesando mais do que a rentabilidade nas decisões financeiras de muitos brasileiros.  

Marco Loureiro, sócio e líder regional da XP no Centro-Oeste.

A simplicidade da aplicação e o histórico de estabilidade da poupança reforçam sua presença na cultura nacional, mesmo em um cenário econômico que oferece alternativas mais vantajosas, argumenta Marco Loureiro, sócio e líder regional da XP no Centro-Oeste. “Apesar de ser a aplicação mais popular do Brasil entre os conservadores, a poupança está longe de ser considerada um investimento. Em geral, o brasileiro é conservador com o dinheiro, mas poupar é bem diferente de investir. A memória de períodos de instabilidade, como a hiperinflação, ainda está presente nas famílias brasileiras”, explica.

Ele destaca ainda que a carência de educação financeira contribui para que muitas pessoas permaneçam com a opção mais conhecida, ainda que isso signifique perder poder de compra ao longo do tempo.

O mais recente Raio X do Investidor Brasileiro da Anbima traz outro dado interessante: 12% da população economiza, mas não investe. “São indivíduos que conseguem economizar, mas optam por manter o dinheiro guardado em casa ou em conta corrente sem rendimentos. Trata-se de um público com potencial não explorado, que poderia começar a investir com orientação prática e ferramentas acessíveis para o ingresso ao mercado”, analisam os autores do relatório.

Cresce a importância da educação financeira – Com a crescente oferta de produtos financeiros rentáveis e seguros, cresce também a oportunidade de levar educação financeira à população, quebrando antigos paradigmas e promovendo escolhas mais conscientes. Dados da Anbima mostram que os investimentos dos brasileiros pessoas físicas cresceram 12,6% em 2024. Esse crescimento reflete uma mudança gradual no comportamento dos investidores, que começam a buscar alternativas mais rentáveis e diversificadas.

Para sair da poupança e diversificar investimentos, Marco Loureiro lembra que existem opções com diferentes níveis de risco e rentabilidade. Algumas de baixo risco incluem Tesouro Direto, Tesouro Selic, Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e fundos de renda fixa. “Para opções mais arrojadas, pode-se considerar fundos de investimento, fundos imobiliários e ações”, acrescenta Loureiro, citando formas de rentabilizar melhor o dinheiro do investidor com potencial de retorno maior.

O cenário de juros altos e o avanço da educação financeira começam a abrir espaço para uma nova mentalidade. Nesse aspecto, o assessor de investimentos desempenha um papel fundamental na construção de um planejamento financeiro completo, entendendo a jornada financeira e as particularidades, oferecendo orientação técnica, acompanhamento contínuo e auxiliando na definição de objetivos de curto, médio e longo prazo. “O assessor de investimentos personaliza estratégias baseadas em cada perfil e auxilia o cliente a alcançar metas, como, por exemplo, a compra de imóvel ou demais bens, viagens, educação dos filhos, e aposentadoria”, finaliza.

Por Ana Carolina Freitas

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