Marco Loureiro, líder regional da XP Investimentos no Centro-Oeste, orienta sobre a importância do planejamento financeiro no fim do ano e destaca opções de investimento
Milhões de trabalhadores formais no Brasil irão receber em 30 de novembro a primeira parcela do 13º salário, uma gratificação, prevista por lei, que reforça a renda das famílias no fim do ano. O rendimento extra ajuda no orçamento, mas é preciso ficar atento ao planejamento financeiro para que ele seja aproveitado sem desestabilizar as contas para o ano seguinte.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cerca de 87,7 milhões de brasileiros foram beneficiados com o rendimento extra em 2023, em média, de R$ 3.057. O recurso adicional traz fôlego para a economia, de forma geral, em períodos de grande apelo no varejo – é época de festas e confraternizações de fim de ano, férias, compras de material escolar etc. Além disso, é hora de ligar com impostos, matrículas escolares e uma série de outras despesas.
Por isso, Marco Loureiro, líder regional da XP Investimentos no Centro-Oeste, afirma que o importante é ter uma visão global dos compromissos mensais e dá algumas dicas práticas para quem já está na contagem regressiva para receber o 13º. “O planejamento é fundamental não apenas para decidir a melhor forma de alocar esse dinheiro, mas inclusive para tentar poupá-lo e investir”, pontua.
“É importante que o orçamento anual já contemple esses gastos extras de final de ano, mas é normal que as famílias contem com esse recurso do 13º para aliviar as contas. Uma boa estratégia é colocar na ponta do lápis todas as despesas, inclusive com presentes, viagens e itens de uso pessoal, para se programar melhor”, ressalta ele. Esse panorama, acrescenta Loureiro, ajuda a definir prioridades e evitar compras por impulso.
“Também vale lembrar que o 13º é uma renda extra e, como tal, é fundamental não se ‘iludir’ com esse valor e, por exemplo, fazer compras parceladas que depois não caibam no orçamento mensal”, alerta o especialista. Embora seja tentador, o trabalhador pode contar com essa parcela para começar a investir ou mesmo para constituir uma reserva de emergência.
O 13º pode ajudar, ainda, no caso de quem tem financiamentos. Vale avaliar se não é possível reduzir o número de parcelas ou o saldo devedor para ganhar mais fôlego no orçamento do ano seguinte. Mas atenção: na hora de fazer essa análise, é essencial saber exatamente quanto você economizaria, visto que esse valor amortizado poderia render mais se estivesse investido.
Quem conseguir poupar o valor extra tem algumas possibilidades para aplicar esse recurso e fazê-lo render. “Nesses casos, vale contar com um assessor de investimentos para que ele consiga te orientar a partir do seu perfil de risco e dos seus objetivos a curto e longo prazo. Ele pode servir, por exemplo, como incremento de uma reserva de emergência, aplicado em investimentos mais conservadores, com baixo risco e com liquidez diária, como CDBs, Tesouro Direto, Selic e Fundos de Renda Fixa”, pontuou.
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