MPOX: saiba quais são os sintomas e as formas de transmissão da doença
Ministério da Saúde instalou, de forma preventiva, um Centro de Operações de Emergência para coordenar ações de resposta à doença
Foto: Matheus Damascena/MS
OMinistério da Saúde instalou, de forma preventiva, um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para coordenar ações de resposta à mpox, em decorrência da decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de declarar emergência internacional para a doença.
Embora o Brasil apresente sinais de estabilidade e controle da mpox, é necessário manter um estado de alerta em relação ao vírus. Para isso, o Ministério da Saúde mantém os sistemas de vigilância de casos e dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens), para coleta e execução de exames diagnósticos, prontos para dar resposta à doença.
Para ajudar a esclarecer dúvidas sobre a doença, segue abaixo uma seção de perguntas e respostas (FAQ):
1) O que é a mpox?
A mpox é uma doença causada pelo mpox vírus (MPXV), do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Trata-se de uma doença zoonótica viral. Sua transmissão em humanos pode ocorrer por meio do contato com:
- pessoa infectada pelo mpox vírus;
- materiais contaminados com o vírus.
2) Como a mpox é transmitida?
A principal forma de transmissão da mpox é por meio do contato próximo e prolongado (abraços, beijos, relação sexual) quando existem lesões na pele tais como erupções cutâneas, crostas, feridas e bolhas ou fluidos corporais (como secreções e sangue) em uma pessoa infectada.
A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente infectados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos, que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente.
3) A doença é transmitida por macacos?
Não. Apesar do antigo nome usado (varíola dos macacos), é importante destacar que macacos não são reservatórios do vírus da varíola. Embora o reservatório seja desconhecido, é possível que a infecção tenha sido transmitida para seres humanos, tendo como fonte pequenos roedores das florestas tropicais da África, principalmente na África Central e Ocidental.
4) Quando a transmissão da doença acontece?
Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até que as lesões de pele tenham cicatrizado completamente. A doença geralmente evolui para quadros leves e moderados e pode durar de 2 a 4 semanas.
5) Quais são os sinais e sintomas da mpox?
- Erupções cutâneas ou lesões de pele (como bolhas, feridas com casca ou não);
- Adenomegalias, que se caracterizam por linfonodos inchados e também são denominados de “ínguas”;
- Febre;
- Dores no corpo;
- Dor de cabeça;
- Calafrio;
- Fraqueza.
6) Após contato com o mpox vírus, em quantos dias começa a manifestação dos sinais e sintomas?
O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas do mpox (período de incubação) é tipicamente de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Após a manifestação de sintomas como erupções na pele, o período em que as crostas desaparecem, a pessoa doente deixa de transmitir o vírus a outras pessoas. As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas às vezes, podem aparecer antes da febre.
7) Quais as características das lesões de pele?
As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podem formar crostas, que secam e caem. O número de lesões em uma pessoa pode variar de algumas a várias lesões, e podem ocorrer em qualquer parte do corpo como rosto, palma das mãos, planta dos pés, boca, olhos, órgãos genitais e no ânus.
8) O que fazer se apresento estes sintomas?
Se você achar que tem sintomas compatíveis com a mpox, procure uma unidade de saúde para avaliação e informe se você teve contato próximo com alguém com suspeita ou confirmação da doença. Se possível, isole-se de atividades sociais e coletivas. Evite contato próximo com outras pessoas. Higienize as mãos regularmente e siga as orientações para proteger outras pessoas da infecção.
A maioria dos casos apresenta sintomas leves e moderados. As principais medidas incluem o isolamento até que as lesões desapareçam, para evitar a transmissão para outras pessoas. O tratamento tem como objetivo aliviar dor, febre e demais sintomas, além do acompanhamento de potenciais complicações clínicas. Fique atento à piora dos sintomas ou aumento da quantidade de lesões no corpo. Caso ocorram problemas nos olhos como vermelhidão, sinais de conjuntivite ou mesmo borramento da visão, busque avaliação médica em uma unidade de saúde.
Converse, sempre que possível, sobre os sintomas com suas parcerias afetivas e sexuais; além dos demais grupos sociais com os quais você convive.
9) Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da mpox é laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético. O teste para diagnóstico laboratorial será realizado em todos os pacientes com suspeita da doença. A amostra a ser analisada será coletada, preferencialmente, da secreção das lesões.
Quando as lesões já estão secas, o material encaminhado são as crostas das lesões. As amostras estão sendo direcionadas para os laboratórios de referência no Brasil.
10) A mpox pode levar à morte?
Na maioria dos casos, os sintomas da mpox desaparecem em algumas semanas. No entanto, em algumas pessoas, especialmente aquelas com diminuição na imunidade (imunocomprometidos), crianças e gestantes, os sinais e sintomas podem levar a complicações, caso não haja assistência adequada.
11) Existem medicamentos específicos para o tratamento da mpox?
Até o momento, não se dispõe de um medicamento aprovado especificamente para tratamento para mpox.
Atualmente, o tratamento tem se sustentado em medidas de suporte clínico com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar as complicações e evitar sequelas. A maioria dos casos apresenta sinais e sintomas leves e moderados.
Edjalma Borges
Ministério da Saúde
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