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Tá no mundo, tá na escola, tá na Base: por que a BNCC é fundamental para a educação

Você sabia que todas as crianças e jovens em escolas brasileiras, estejam eles na cidade, no campo, em áreas indígenas, quilombolas ou regiões de fronteira, em instituições públicas e privadas, têm por lei o direito de desenvolver os mesmos conhecimentos e habilidades? E que essas aprendizagens servem de base para todos os saberes que vão ser desenvolvidos durante a vida – muito além da escola? Esse conjunto de saberes a que todas as crianças e jovens têm direito está indicado na Base Nacional Comum Curricular, chamada de BNCC, um documento que veio para melhorar a qualidade da educação e diminuir as desigualdades. 

Fonte: observatorio.movimentopelabase.org.br

Garantir o direito de aprender na escola o que essencial para a vida e para navegar no mundo em que vivemos é a essência da nova campanha do Movimento pela Base: Tá no mundo, tá na escola, tá na Base. Lançada hoje, 28 de abril, Dia da Educação, a campanha relembra por que é tão fundamental ter um documento que dá a base para a formação de todas as crianças e jovens, conectando os saberes que devem ser desenvolvidos na escola aos desafios do nosso tempo. 

Inteligência emocional? Tá na Base. Emergência climática? Tá na Base. Se preparar para um mundo cada vez mais digital? Tá na Base.

Vamos lembrar como a BNCC está mudando a educação?

EQUIDADE

COERÊNCIA

ALTAS EXPECTATIVAS

FOCO

DESENVOLVIMENTO

CONTINUIDADE

A trajetória da BNCC na busca pelo direito de aprender

A BNCC não foi criada “do dia para a noite” e tampouco determinada unilateralmente. Na verdade, ela foi desenhada com a participação de 315 mil pessoas – sobretudo educadores -, somando aproximadamente 4.300 organizações e 45 mil escolas, que participaram dos debates durante os anos de sua construção, entre 2015 e 2018. O desenho que a BNCC apresenta hoje em termos de direitos de aprendizagem, competências, habilidades e componentes curriculares parte de mais de 12 milhões de contribuições coletadas nesse período e perpassou as administrações de 14 ministros e 4 presidentes da República. 

Nossas leis apontam que, depois de explicitados, os direitos de aprender devem ser uma parte importante e obrigatória dos currículos, da formação dos professores, dos materiais didáticos e das avaliações. Se a BNCC for implementada junto com outras políticas importantes (como valorização dos professores, melhoria das escolas e financiamento), ela tem o poder de melhorar a qualidade e igualdade na educação de todos os estudantes brasileiros. Isso acontece porque só podemos ensinar, apoiar e seguir aquilo que está claramente definido como direito. 

Essa necessidade já era prevista na Constituição Federal de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996, nos Parâmetros Curriculares Nacionais de 1997 e, mais recentemente em 2014, no Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece prazos e processos para sua construção. 

O Ministério da Educação (MEC), com o apoio do Consed e da Undime, definiu então um grupo de redação e, em setembro de 2015, a primeira versão da BNCC foi publicada e submetida à consulta pública. Além disso, também ficou decidido que esses aprendizados devem ser relacionados à realidade local e complementados de maneira diversificada em cada rede e escola, respeitando a diversidade do país.

Em seguida, a segunda versão da BNCC rodou o país em seminários realizados em inédito regime de colaboração entre estados e municípios nas 27 unidades federativas, 10 audiências públicas realizadas pelo Conselho Nacional de Educação em todas as regiões e pareceres de 53 especialistas nacionais e internacionais. Com os debates, a terceira versão do documento de Educação Infantil e Ensino Fundamental é elaborada em 2017 e sua aprovação passa por audiências públicas do Conselho Nacional de Educação (CNE). Ao final desse processo, a BNCC é finalmente homologada pelo MEC. 

Após esse período, os estados levaram cerca de dois anos de adaptação dos referenciais e normativos. Por fim, o período estipulado para o início da implementação da BNCC da Educação Infantil e Ensino Fundamental em todas as escolas foi de 2018 a 2020, passando por etapas, como por exemplo, (re)elaboração dos currículos, revisão de materiais didáticos e formação de professores. 

83% dos professores dizem que a BNCC ajuda a diagnosticar a aprendizagem dos alunos e, 81%, que ela ajuda a planejar aulas mais engajadoras  (Pesquisa Relevância da BNCC, 2022 – Fundação Lemann e Datafolha)

Vale lembrar que a construção da BNCC é apenas um passo de uma longa caminhada da implementação dessa política estruturante. Essa caminhada passa ainda pelo alinhamento de políticas nacionais como Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), e políticas de implementação, apoio técnico e financeiro às redes, formação docente e políticas pedagógicas. 

Nesse processo, desde o 1º ao último referencial estadual homologado, foram 5 Bilhões de reais investidos pelos governos federal e estaduais, incluindo materiais e horas de formação docente. 

Você sabia?

Fonte: https://observatorio.movimentopelabase.org.br/

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